Felipe Nasr tem duas semanas decisivas para definir seu futuro não só na Sauber, mas na F1. Depois de ver suas chances fechadas na Force India e na Renault, a preocupação do brasileiro é garantir seu assento na equipe suíça. O problema é o Banco do Brasil e seu freio nos gastos, ainda mais em tempos de lucro bastante reduzido.
Felipe Massa disse dias atrás que há uma “grande possibilidade” de o Brasil não ter piloto no grid da F1 em 2017. De verossímil, a afirmação caminha já na direção do provável. Porque Felipe Nasr viu-se com duas portas oficialmente fechadas – a da Renault, que resolveu renovar com Jolyon Palmer, e a da Force India, que tirou aquela tal vaga certa para dar a Esteban Ocon – e, principalmente, enfrenta problemas financeiros para se garantir. Mas em um lado pessoal, a pressão é grande, numa relação tempo/dinheiro.
A Sauber estabeleceu que quer definir sua dupla até a etapa final deste campeonato – ou seja, 27 de novembro, em Abu Dhabi. Como é difícil que haja um anúncio no fim de semana de corrida em si, que se coloque aí duas semanas de prazo. É o que tem Nasr, pois, para se acertar com Monisha Kaltenborn e sua trupe. Uma vaga vai ficar com Marcus Ericsson; a outra tem a preferência óbvia para o brasileiro. Porém não parece tão simples colocar a assinatura no papel.
O Banco do Brasil está no centro da questão. Apoiador da carreira do piloto desde 2012, jorrou um caminhão de dinheiro – incerto e não sabido publicamente – nos últimos dois anos para que Nasr andasse numa equipe que caiu vertiginosamente em 2016. Sem pontuação, a Sauber deve amargar a última posição no Mundial de Construtores, o que não lhe daria um centavo sequer dentro da premiação para os dez primeiros colocados. E para muita gente até mesmo dentro do banco, o montante aplicado em Felipe é inexplicável, já que não há um retorno evidente de exposição.
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